Mãe Maria

 

NOSSA SENHORA nasceu pura e sem qualquer mancha, isenta dos efeitos do Pecado Original e exuberante de graças pelo Altíssimo, pelo mérito de ser a MÃE DO SENHOR. O fato provavelmente ocorreu no ano 732 da fundação da cidade de Roma, se aceitarmos que JESUS nasceu no ano 748, segundo os calculos elaborados por especialistas, confirmando deste modo, que a VIRGEM MARIA tinha 16 anos de idade quando deu à luz ao REDENTOR na Gruta de Belém.
Quanto a data, a Igreja celebra a Festa da Natividade da MÃE DE DEUS em 8 de Setembro, embora nossa MÃE SANTÍSSIMA por mais de uma vez nas Aparições de Medjugorje, informou aos videntes que Ela nasceu no dia 5 de Agosto.
Foi completar os doze anos de idade, que aconteceu a primeira manifestação decidida de MARIA, quanto ao ideal de sua vida. Seus pais conversando com ela sobre as formalidades da lei e o grande interesse dos jovens por ela, abordaram o assunto de um possível casamento. Presume-se que ela com o maior respeito e obediência deve ter argumentado, dizendo que embora o coração de seus pais desejassem uma "aliança" , seus sentimentos evoluíam em direção a um projeto mais sublime e maravilhoso.
Na verdade, pelos papiros sagrados MARIA conheceu o CRIADOR e logo apaixonou-se por ELE, pela grandeza do Amor Divino e a incomensurável magnitude da misericórdia do SENHOR. Vivia imaginando em pensamentos as manifestações Divinas que lia nos papiros e seu amor crescia cada vez mais, e evoluiu tanto, atingindo tal grandeza, que ocupou sua mente e todas as fibras do coração. Ela sentia que era uma necessidade de sua alma agradar a DEUS em todos os momentos, e por isso, mesmo nos trabalhos diários, nas menores e mais modestas ocupações, procurava faze-las com interesse, zelo e perfeição, porque compreendendo que todos os seus atos eram parte do viver cotidiano, fazendo-os revestidos de mais atenção e amor, indubitavelmente ia agradar muito mais ao SANTO PAI. E assim Ela fazia!... E sempre preocupada em inovar, em descobrir novo modo, um gesto mais significativo, que mostrasse a delicadeza e imensidão de seu amor, para agradar ainda mais o CRIADOR, idealizou o cultivo de uma virtude que iria conduzi-la a uma decisão séria e singular, qual seja, de manter a virgindade, como a melhor maneira que encontrou para agradar o PAI ETERNO.
Mas naquele tempo, os costumes e a lei judaica não prescreviam a virgindade, simplesmente ela não existia, porque toda mulher devia casar-se para ter os seus filhos e criar a sua prole. Então cristaliza-se a coragem e expressão máxima da força de vontade de uma mulher! Ela imaginou um modo mais santo e genuíno de agradar a DEUS e decididamente colocou-o em prática, tranqüila e sem temor. Arriscava-se a ser escarnecida por sua comunidade, ser considerada castigada pelo SENHOR, por não se casar e não ter filhos, isto porque, a mulher que não tinha filhos era considerada desonrada, tratava-se de um fato ignominioso, considerado até mesmo um castigo Divino. (Gn 30,23)(1 Sm 1,5-8) Entretanto MARIA permaneceu firme e inabalável em sua resolução, no ideal secreto que somente Ela e o SANTO PAI conheciam.
José era carpinteiro e fabricava diversos utensilios de madeira: portas, janelas, carroças, arados, etc. Teve mais coragem que os outros rapazes e aproximou-se da família do senhor Joaquim, estabelecendo amizade com todos, porque simpatizou-se com MARIA e desejava frequentar a residência de seus pais.
Num dia, quando os dois jovens conversavam sobre a existência, ela explicou-lhe que gostava da companhia e inclusive simpatizava com ele, mas desejava que continuassem como bons amigos, porque o seu ideal era outro. Contou-lhe que tinha dedicado toda a sua vida e sua virgindade a DEUS, que verdadeiramente era o seu grande amor e por quem o seu coração apaixonadamente pulsava forte com todas as veras de sua alma.
José ficou perplexo!... Não acreditava que estivesse ouvindo aquelas palavras... Como todo judeu, queria casar-se, ter filhos e construir sua descendência. Por isso, admirado com aquela revelação, não soube o que dizer, via seus sonhos soçobrarem sob a força das palavras da mulher que amava, como pequenos castelos de areia na praia destruídos pelas ondas do mar.
Com o coração transbordando de ternura foi ao encontro de MARIA ... Fixou nela o seu olhar e com a convicção de ter feito a melhor escolha, propôs-lhe que ele também faria o voto de castidade perpétua se ela se casasse com ele, para juntos dedicarem a DEUS a pureza da virgindade, o trabalho de ambos e a própria vida.
MARIA aceitou a proposta de José, era a solução ideal para os dois, porque casados podiam cultivar a castidade sem que ninguém percebesse, concretizando o nobre e singular objetivo para felicidade do casal e demonstração de um profundo e imenso amor ao CRIADOR.
Certa tarde, tinha MARIA terminado as ocupações domésticas e descansava em seu quarto. Meditava sobre a verdade dos papiros sagrados, sobre o seu noivado com José e sobre o seu incontido e irrefreável amor por DEUS. Eis que de súbito, apareceu-lhe um Anjo do SENHOR. MARIA tremeu de emoção... E com o susto do inesperado colocou-se de pé. Muito embaraçada, fitou-o em silêncio. O Anjo sorrindo cumprimentou-lhe: "Alegre-te cheia de graça, o SENHOR está contigo"! (Lc 1,28)
Ouvindo a saudação ficou admirada e deve ter pensado: Mas o que é isto, meu DEUS? E respondendo ao cumprimento, inclinou levemente a cabeça, permanecendo em silêncio e olhando para ele. Manifestando júbilo, o Anjo procurou tranquilizá-la, dizendo-lhe que era o Arcanjo Gabriel e estava cumprindo as ordens do Céu: "Não tenhas medo MARIA! Encontraste graça junto de DEUS". (Lc 1,30) E revelou que o SANTO PAI lhe tinha cumulado de graças e que ela era alguém muito especial no Paraíso Divino. E continuou: "Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de JESUS. ELE será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o SENHOR DEUS lhe dará o trono de Davi, seu pai; ELE reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim". (Lc 1,31-33)
Com três meses, a gravidez de MARIA já se fazia notar. De modo que chegando em Nazaré, seus pais, parentes e amigos, exultaram com a novidade, porque embora ainda estivesse noiva, no período chamado "Condução", a gravidez era considerada legal.
Entretanto, José não estava entendendo o que ocorria com sua noiva. Mesmo com íntegra formação religiosa e tendo plena convicção das virtudes de MARIA,ficou confuso e perturbado, afinal, como justificar aquele acontecimento?
Eis que em sonho um Anjo do SENHOR lhe disse: "José filho de Davi, não temas receber MARIA, tua mulher, pois o que nela foi gerado vêm do ESPIRITO SANTO. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de JESUS, pois ELE salvará o seu povo dos seus pecados". (Mt 1,20-22)
No dia acertado para a Celebração das Bodas, o esposo ia a tarde, em traje de gala e acompanhado de amigos e músicos à casa da noiva. Formava-se então o cortejo, um espetáculo de grande pompa e júbilo. Enquanto grupos de virgens dançavam e entoavam epitalâmios, trazendo uma grinalda de flores numa das mãos e uma lâmpada acesa na outra, címbalos, tambores, pífaros e flautas, em estrondosa algazarra, convidava o povo à participar da mesma alegria. O clímax de todo Casamento era o banquete. Apenas os esposos entravam no seu domicílio, começava o Banquete Matrimonial que geralmente durava uma semana, e era sempre cenário de muita confraternização entre os participantes. Por certo, assim também foi o Casamento de José e MARIA
José que tinha nascido em Belém, viajou para lá com a esposa, para cumprir um dever cívico e atender a ordem emanada do poder romano, muito embora MARIA já se encontrasse no final da gravidez. Por essa razão a viagem não foi em caravana, devem ter utilizado atalhos e caminhos secundários, para não transitarem pela estrada principal. Deve ter sido uma viagem calma, bem vagarosa, somente o casal utilizando burricos mansos, com diversas paradas e pernoites, em locais ermos onde não despertassem atenções
"Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na estalagem". (Lc 2,6-7) Sim, porque na estalagem o lugar era por demais público para nascer o FILHO DE DEUS.
MARIA de Nazaré foi a MÃE preciosa que o SENHOR necessitava, porque sempre esteve ao lado do FILHO, dedicando-lhe todos os cuidados e carinhos maternos, manifestando palavras de amor e de consolo nos momentos mais difíceis, envolvendo-O com a ternura de seu lindo e apaixonado olhar, amenizando suas dores, decepções e seus abomináveis sofrimentos.